O que mais chama a atenção em Edison? "Nossa, quantos atores de
renome!" Exatamente. Vemos Morgan Freeman e um cabeludo Kevin Spacey. E...
Justin Timberlake. É, o ex-NSync é o principal personagem desse longa, ao lado
de LL Cool J. Tudo de mais bizarro está aqui. Conta até com a participação de
um (dos milhares) representante da família Wayans (de As Branquelas – sem comentários).
Sabe-se
lá o que o péssimo diretor David J. Burke tinha em suas mãos para ameaçar
Freeman e um ridículo Kevin Spacey, e os convencer a participar dessa
abominável produção. Tudo em Edison é
de mau gosto: lutas absurdas, centenas de tiros sendo disparados na cara dos
personagens sem que ninguém (importante) seja atingido, ou assassinatos
graficamente violentos sem necessidade.
A
cidade fictícia de Edison (apesar de obviamente filmado em Vancouver, em nenhum
momento isso é escondido do público) era uma cidade onde a violência imperava.
Atualmente, a violência fica por conta da polícia extremamente corrompida da
problemática cidade. É por causa de um desses casos de corrupção que o
jornalista de um pequeno periódico, Pollack (Timberlake), começa a farejar que
algo de errado está acontecendo. Enfim, isso só serve para nos mostrar muito
sangue e um herói patético vivido pelo ex-boy
band. O mais impressionante é que Timberlake nem estão TÃO mal assim como
era de se esperar. Sua parca atuação é culpa de um roteiro sem pé nem cabeça
(escrito pelo mesmo Burke), e isso afeta não só ele mas até mesmo os veteranos
e consagrados atores.
Morgan
Freeman é Ashford, o diretor do jornal onde o entusiasmado (e imbecil) Pollack
trabalha. Freeman nada mais faz do que beber e dar uns gritos em todo o tempo
de projeção. E Kevin Spacey... o que falar? A peruca pavorosa que ele usa chama
mais atenção do que qualquer uma das poucas coisas que pronuncia ao longo de 97
minutos de pura bobagem.
Burke
usa alguns aspectos de filmagem que são nulos em estilo e elegância. Planos
simplesmente pavorosos, como a insistência em focar dois personagens distantes
um do outro em uma imagem só: um Spacey sempre de perfil a la Rede Globo, ou seja, uma cara gigante que preenche metade da
tela e um Freeman perdido no fundo da cena. Totalmente deselegante e, como já
mencionado, desnecessário, é a frequente aula de anatomia que o diretor nos
proporciona com cérebros explodindo por todos os lugares.
Certamente tudo deveria ser relevado se Edison fosse feito para ser uma comédia. Mas não serve nem para isso. Em alguns momentos chegamos a rir do que acontece na tela. E isso, sinceramente, não é um bom sinal. Vemos o esforço dos atores em demonstrar serviço independentemente da horrorosa direção (e até de Justin Timberlake, acreditem!), mas tudo é feito em vão. Principalmente a ida ao cinema para ver essa bomba.
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